MILITARES – ASSÉDIO MORAL – FIQUE SABENDO:

MILITARES – ASSÉDIO MORAL – FIQUE SABENDO:

 

O dano moral tem natureza imaterial, atinge a personalidade, a esfera íntima afetiva e de valores de quem é atingido por ele ou mesmo seus herdeiros e sucessores. Abala o sentimento ocasionando dor emocional, depressão, mágoa, tristeza, angústia, sofrimento.

1. Ser alvo de PIADAS e RISADAS dos colegas ou do chefe é assédio moral?

Há duas modalidades de assédio moral: o individual (contra uma pessoa), e o coletivo (contra um grupo de pessoas). No caso do assédio moral individual ele é chamado de vertical quando praticado pelo chefe, diretor, gerente, encarregado, pelo dono da empresa ou seus familiares contra um empregado (subordinado).

Se as investidas se derem de forma repetitiva e prolongada, com o intuito de atingir a honra e a imagem do colaborador, fica claro o assédio moral. Quando praticado entre colegas de trabalho, trata-se de assédio moral horizontal. Neste caso, o assediador pode ser um ou vários colegas e, entre eles, ocorre geralmente disputa por espaço, por cargo ou uma promoção, corriqueiramente do mesmo nível hierárquico. Há ainda o assédio moral ascendente, constituindo-se naquele praticado por um ou por um grupo de empregados contra o superior hierárquico.

2. As FOFOCAS da rádio corredor.

Quando tais fofocas se tornam ofensivas à honra e à imagem do ofendido ou a sua boa fama, ocorre o assédio moral. Nesse caso a vítima (assediado) tem que provar que sofreu um dano, seja ele físico ou emocional, bastante para lhe causar depressão, mágoa, tristeza, angústia, sofrimento.

3. Será que as BRONCAS do chefe se constituem em assédio moral?

O assédio moral se caracteriza como uma ofensa ou agressão que ocorre de maneira repetitiva e prolongada, durante o horário de trabalho e no exercício de suas funções, transformando o local de trabalho num lugar hostil e de tortura psicológica e que gera um dano à personalidade. Uma simples bronca não caracteriza assédio moral. A resposta será SIM, há assédio moral se tais ofensas e agressões forem reiteradas, constantes.

4. O chefe NÃO DELEGA TAREFAS…

Se a recusa em transmitir tarefas for constante, estamos sim, diante de assédio moral. Esta é uma das modalidades que ocorrem com mais frequência. Os casos mais recorrentes ocorrem quando o empregador se recusa a repassar tarefas ao subordinado, humilhações verbais por parte de superiores (inclusive com palavras de baixo calão), coações psicológicas visando à adesão do empregado a programas de desligamento voluntário ou à demissão.

5. Como PROVAR que estou sofrendo assédio moral?

A primeira coisa é resistir à agressão e às ofensas o tanto quanto possível, procurando tratar o assediador de forma educada e equilibrada, sem retribuir “na mesma moeda”, ganhando, assim, tempo suficiente para, em seguida, reunir as provas indispensáveis e, logo depois, buscar a orientação de seu advogado. Reunir provas robustas, consistentes, é indispensável para conseguir vencer o processo na Justiça e obter uma indenização. Pode ser por meio de testemunhas, documentos, cópias de memorandos, cds, filmes, circulares, e-mails, e, inclusive, gravações, por um dos interlocutores.

Cachoeira do Sul/Porto Alegre, 6 de março de 2017.

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